terça-feira, 8 de maio de 2012

EXPLORANDO MAIS


No trabalho em geral, procurei me expressar transformando as imagens que capturava em ideias, e analisei-as no sentido de que elas pretendiam ser mais do que esteticamente prazerosas em sua composição, mas sim um veículo de transmissão de conceitos e expressão. Muitas vezes, precisei repetir todo o processo várias vezes e assim fazer um comparativo da linguagem que elas expressam, para então conduzi-las ao produto final. O momento real de minhas criações começaram na observação da imagem que capto, então vou desenvolvendo minhas ideias acerca de algo que quero explorar, dentro do que capturei, e usando a filtragem de alguns softwares para resumi-las em uma única imagem, ou em uma série. Sempre com o cuidado em não tirar vantagem do que a foto de fato revelava. Comecei a trabalhar as séries que eu acabava por reinventar nas fotos, pois mostravam um caminhar na minha abordagem. Anotei os meus pensamentos e fui juntando e pensando em maneiras visuais de expressá-las, para então concluí-las. Muitas vezes cheguei a lugar nenhum, pois a confusão do ambiente não era propícia. Preferi então fazer esse tipo de foto ouvindo com música, e simplifiquei ao máximo os elementos para propor uma linguagem visual mais direta e, portanto evidenciando o conceito da foto. Trabalhei com esse processo à noite, quando me sentia mais criativa. Muitas vezes a imagem conceitual não saía de minha cabeça e precisava parar. Trabalhar com apropriação de imagens já não fazia parte de meu interesse. Como tenho uma admiração por Gustav Kimt, acredito que se ele tivesse uma câmera digital nas mãos, ainda assim o seu trabalho seria fantástico. Uma explosão de movimentos, recursos e cores. Resolvi brincar com os cubos, e brincar com Klimt. Acho que este foi um dos momentos mais mágicos em minha produção. A partir daí não me faltava inspiração.

Durante todo o trabalho, cheguei a utilizar três computadores ao mesmo tempo, vários pens drivers. Precisei abrir mão da caneta digital, por ser tão forte o impulso criativo (eu poderia quebrá-la). Consegui quebrar dois mouses. Esse fator considero de relevância, pois ao produzir , muitas vezes sentia a força com que segurava no mouse, como se ao soltá-la pudesse perder o momento da criação. ( Parte II- Processo criativo)

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